O 5G já chegou na sua cidade? Entenda a revolução dessa tecnologia na comunicação
Por: Jussara Loguercio / Idee Informação Corporativa
O Brasil já conta com 5G disponível em 80 cidades, sendo 27 capitais e municípios com mais de 500 mil habitantes.
A previsão é que, até a metade deste ano, mais 1600 cidades tenham a faixa de 3,5GHz liberada para que as operadoras possam implementar a infraestrutura da rede 5G. Isso significa que esses municípios estarão aptos a receber o serviço, mas não quer dizer que isso acontecerá de forma imediata. A previsão é que, até julho de 2029, o 5G esteja cobrindo todas as cidades do Brasil com mais de 30 mil habitantes.
Excelente notícia, especialmente quando pensamos que em pouco mais de 20 anos fomos do 2G para o 5G – embora ainda tenhamos uma boa caminhada até todas as cidades brasileiras sentirem o gostinho da alta velocidade da rede e de seus outros benefícios.
O 5G e seus impactos na comunicação
Uma estimativa do Ministério da Economia, em parceria com o Programa das Nações Unidas, aponta que o 5G pode movimentar R$ 590 bilhões por ano. Em relação à geração de empregos, a projeção do Fórum Econômico Mundial é que 22,8 milhões sejam fomentados no mundo todo até 2035.
Não há dúvidas que o 5G provocará uma revolução na forma como interagimos com as tecnologias. Ele não só representa uma evolução em relação aos seus antecessores, mas promete tornar possível algumas tendências. Estamos falando de IoT (Internet das Coisas), cidades inteligentes, carros autônomos, cirurgias remotas etc. Conforme a implementação do 5G vai avançando, esse “futuro” fica cada vez mais próximo. Dá só uma olhada:
– Conexão até 100 vezes mais rápida do que a atual: Diversos dispositivos poderão se conectar, coletar e transmitir dados de forma muito mais rápida, entregando mais precisão, confiabilidade e disponibilidade para diversas operações.
– Internet das Coisas (IoT): Já estamos acostumados com smartphones conectados a televisores, relógios e carros. E com as praticidades das assistentes virtuais. O 5G nos permitirá conectar à internet tudo o que jamais imaginávamos há alguns anos. E não estamos falando somente de itens pessoais, como peças de vestuário ou equipamentos em nossas residências. A tecnologia da IoT é capaz de conectar objetos dos mais comuns aos mais específicos (usados em hospitais, indústrias, logística etc.), transformando-os em equipamentos inteligentes. E mais: o 5G proporcionará a conexão de muitos equipamentos simultaneamente, sem perder qualidade e eficiência.
– Inteligência Artificial (IA): Como a IA trabalha com análise e transmissão de dados, e o 5G proporcionará ainda mais velocidade e confiabilidade nesse processo, veremos esse tipo de tecnologia ainda mais presente, rápida e potente na aprendizagem e no “raciocínio” (processamento de informações).
O 5G ainda proporcionará diversos benefícios, como menor consumo de energia (até 90% menos), menor latência (comunicações remotas mais confiáveis e mais perto do que chamamos de “em tempo real”), mais estabilidade (confiabilidade maior na transmissão de dados e nas interações com mais recursos – 3D e realidade aumentada) e mais conectividade (permite até 100 vezes mais dispositivos conectados a uma mesma antena – comparado ao 4G).
Além disso, o 5G permitirá o fluxo de um volume mais massivo de dados, que serão coletados a partir de nossas ações e rotinas na internet. Não há dúvida o quão valiosos eles são para entender o comportamento dos consumidores. Empresas que souberem organizar e analisar essa quantidade cada vez maior de dados, transformando-os em estratégias e insights para os negócios, estarão muitos passos à frente de seus concorrentes.
O 6G já está sendo planejado
É difícil conceber que, com o 5G ainda em início de implementação – pelo menos no Brasil, alguém já esteja pensando no 6G. Mas é o que está acontecendo.
O 6G pode ser o principal responsável por acelerar a quarta revolução industrial. A UIT (União Internacional das Telecomunicações), liderada pela ONU (Organização das Nações Unidas), pretende definir a visão do 6G até 2025. E as métricas de funcionamento devem ser definidas por um consórcio internacional de empresas do setor de telecomunicações (3GPP) até 2027.
